Eu acho engraçado esses rótulos que as pessoas criam. Quer dizer, eles não restringem que uma banda fique apenas dentro dele. Uma banda pode ser um gênero e então transitar por outros, sem perder sua identidade... ou criando sua identidade assim.
Eu comecei falando isso pelo simples fato de que estou tratando de uma banda que é complicado demais para rotular. O Agalloch é uma banda de black metal americana, formada em 1995. Sim, black metal.
Todo mundo geralmente liga o black metal ao satanismo/paganismo. Violencia gratuita, blasfêmias, toda sorte de coisas ruins. Quer seja pelo peso as vezes apresentado, ou pelo vocal gutural.
Se você que está lendo acha isso, então eu recomendo baixar esse álbum, e ter uma grata surpresa. O que você vai achar é uma banda no seu ápice técnico e criativo, tocando um som com mesclas de várias coisas, desde doom metal, folk, ambiente, até uma certa dose lisérgica de rock progressivo setentista.
O álbum possui seus momentos velozes (Into the Painted Grey) e seus momentos introspectivos (To Drown, um show a parte). No geral, é um álbum de extrema melancolia, tanto na questão das letras instrospectivas quanto nas melodias. Simplesmente lindo.
Esse álbum para mim é a grande masterpiece do Agalloch, que combina todos os elementos apresentados nos últimos álbuns, tocados com maestria no limite da técnica.
Baixem o álbum e escutem, libertos de gêneros e divisórias musicais. Se deixem levar pelo som, se deixem imergir no ambiente que o álbum proporciona. É uma viagem da qual não se termina igual da maneira que se iniciou. Um álbum para mentes abertas, e ao mesmo tempo, para abrir mentes.
Tracklist:
1. "They Escaped the Weight of Darkness" – 3:41
2. "Into the Painted Grey" – 12:25
3. "The Watcher's Monolith" – 11:46
4. "Black Lake Niðstång" – 17:34
5. "Ghosts of the Midwinter Fires" – 9:40
6. "To Drown" – 10:27
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